Muito se confunde quando o assunto é compulsão alimentar e por isso decidi escrever hoje sobre o assunto.
Será que compulsão alimentar é quando como um pouco a mais no final de semana? Ou quando estou ansiosa e desconto na panela de brigadeiro?
A resposta é não.
Para entendermos o transtorno de compulsão alimentar, precisamos saber que todo transtorno tem causa multifatorial e nunca se fecha um diagnóstico baseado apenas em um único sintoma, com a compulsão não seria diferente.
O transtorno de compulsão alimentar é caraterizado pelos seguintes sintomas:
– Comer uma quantidade de comida definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria no mesmo período e em circunstancias semelhantes
– Sensação de falta de controle (não conseguir parar de comer ou controlar a quantidade)
– A pessoa come muito mais rápido que o normal
– Come até se sentir desconfortavelmente cheio
– Come na ausência da sensação física de fome
– Geralmente come sozinho por sentir vergonha de estar comendo
– Se sente deprimido e culpado pela situação

É necessário apresentar alguns desses sintomas, com pelo menos um episódio de compulsão por semana em um período de pelo menos 3 meses.
É importante entendermos que a compulsão alimentar causa um grande sofrimento na vida do paciente, comprometendo significativamente sua qualidade de vida.
O sentimento de culpa e de responsabilidade pelo que está acontecendo dificulta a pessoa a procurar ajuda, pensamentos como: “Eu consigo sozinha. Vou comer só hoje e a partir de amanhã vou seguir uma dieta. Ou, é responsabilidade minha e ninguém pode me ajudar”, são muito prejudiciais, pois a compulsão alimentar não é uma questão de força de vontade, e querer ou ter motivação, é um transtorno e precisa de tratamento multidisciplinar.
Comece procurando ajuda de um psiquiatra e psicólogo.
Você não precisa passar por isso sozinha.
Jennifer Lisboa
Psicóloga Clínica Online
CRP 01/20655
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