Primeiramente obrigada 🙏🏻
Estou muito feliz, grata e motivada com esse projeto. Me comunicar é uma grande paixão. É assim desde as minhas primeiras palavras, tenho certeza disso. Nunca mais parei. O que foi mudando ao longo dos meus 37 anos foram os públicos com quem eu me comunicava (me conheça melhor AQUI).
Hoje estou aqui para falar com mães, o que já se entende que são mulheres. Eu vejo muita diferença da Maju antes e após a maternidade. Não acho que virar mocinha, iniciar a vida sexual ou a maior idade que me fez uma mulher, mas a maternidade que virou essa chave. Essa me trouxe visão, responsabilidades, paciência, amadurecimento, força, experiências que jamais teria vivenciado sem imergir nesse mundo. Indico muito para quem ainda não é!

E é sobre isso que desejo refletir e quem sabe plantar algumas sementes de flores lindas e perfumadas em jardins cansados e sobrecarregados desse “amadurecimento” que para muitas, apesar de doce, tem sido pesado e de difícil digestão.
Eu já me comunico com muitas mulheres, na maioria mães. O faço através da minha rede social desde a minha última gestação. Por ter sido solo desde o quinto mês, fui ganhando seguidoras que se inspiravam na minha força e leveza, mesmo nitidamente com uma rotina “sobrecarregada” e com todas as dores e frustrações de estar vivendo um momento que foi feito para se viver a dois.
Sempre me vi como uma pessoa muito idealista, sonhadora, empreendedora, de fazer e acontecer. Meu pai me chama de pedra 90. Acho que é o elogio mais marcante que já recebi na vida. Quer dizer: pessoa de grande valor. Vindo do meu pai é algo muito especial. Sempre que alguém tenta falar o contrário, lembro que ele, que conhece todos os meus defeitos e batalhas, me vê como uma pedra 90. Então não posso aceitar que alguém que me conheceu há poucos dias, meses ou anos me diga o contrário.
Além de ser a pedra 90 do papai eu também acredito ser a menina dos olhos do Pai Celestial. Não sei porque, mas Ele sabe e está tudo bem, eu confio. Ele permitiu que a minha história fosse assim. Bem diferente do que eu sonhava. E mesmo muitas vezes questionando eu fui aprendendo a agradecer, crescer e sentir uma enorme paz em meio a todas as minhas dúvidas, desafios e frustrações.
Existe muito peso e questionamentos na vida de uma mulher quando ela se torna mãe (solo então, a cobrança mais que dobra!). Vem como um “tiroteio na favela”. A gente leva tiro dentro da nossa casa, sem ter feito nada. Esquivamos, abaixamos, levantamos, corremos, fingimos até de mortas, mas as balas não param. Nunca param!
E essa rebelião tem matado muitas mulheres, depois mães, casamentos, famílias, filhos e toda uma geração futura.
Eu me emociono ao falar sobre isso, pois quando “matamos” uma mãe com uma bala perdida, ou seja, acusações, cobranças e todo tipo de agressão, matamos todo um sistema social. Filhos sem mães! Casas sem estrutura emocional sadia, lares abandonados. Falta quem ensine com doçura, quem cozinhe com amor, quem beije o dodói, quem edifique um lar.
Infelizmente seguir o perfil popular de muitas mães e até alguns IG de maternidade tem sido de onde mais vem as balas perdidas. Muito Cuidado!
E sabem porquê? Porque é cultural fazer piadas agredindo, diminuindo, menosprezando, reclamando. É a empatia disfarçada. É a lambida na ferida. É o tapinha nas costas, “tamo juntas e ferradas”. Não estamos só, podemos compartilhar as nossas reclamações e frustrações. Afinal, a vida de mãe é previsível: nunca tem tempo para si, vivem cansadas e maltratadas pela rotina desumana de cuidar de tudo, e por aí vai. Estou mentindo?
Quando me formei como Coach, minha visão de mundo se fez outra. Entender que nossa comunicação muda a nossa realidade me fez ser mais cautelosa ao falar. Não é falar menos mas saber o que falar.
É preciso ter consciência que tudo que ouvimos e vemos estão nos alimentando. Só falamos sobre aquilo que estamos cheios. Então não basta filtrar o que eu digo, preciso filtrar o que eu vejo e ouço para poder então criar uma nova perspectiva do meu mundo e mudar minha comunicação, sentimentos e resultados.
Então vamos de 10 dicas para te ajudar a mudar a sua realidade:
É comum ter mães cansadas, desacreditadas, oprimidas, agredidas, sem forças para lutar. Mas não é normal. Não normalize o comum;
A sua vida é a sua vida. Não se compare;
Troque a reclamação pela gratidão. Agradecer muda a nossa perspectiva sobre as circunstâncias;
Se é para se inspirar se inspire no que vai te aproximar da sua essência, dos seus valores e sonhos. Parem de se inspirar no lixo alheio;
Use filtro nos ouvidos, olhos, boca e coração. Se não a sua mente acredita em tudo e paralisa o seu corpo. Assuma o controle das suas ações;
Aceite a sua história. Ela tem um propósito. Se empenhe em descobrir o seu;
Normalize as responsabilidades da vida materna. Você está mudando de nível na vida. Normal a nova fase ser mais “difícil” e trabalhosa do que a anterior.
Se capacite;
O que torna uma mulher em mãe é ter um filho e não um relacionamento. Cumpra o seu papel com ou sem um parceiro nessa jornada. Abrace 100% a causa.
Quando se trata de amor, cuidado e educação, é melhor sobrar do que faltar;
E por fim, só por hoje, porque vamos papear muito e muito mais é:
SEJA PEDRA 90! Ensine aos seus filhos o significado dessa expressão através das suas atitudes diárias. Seja rara e de grande valor!
Ouvir isso de um pai é “Mara”, imagina de um filho 🥰
Eu acredito na força de uma mulher.
Eu acredito muito em você. E você aceita acreditar comigo?
Compartilhe esse texto ou marque uma mãe que precisa dessa semente, que precisa dessas dicas. Pegou alguma pra você, me conta! 👇🏻
Grande beijo, Maju Hosken
3 Comentários
Marcela
18 de fevereiro de 2021 at 20:32Maju, incrível. Não deixe mesmo de se comunicar nunca. De nos ajudar! Vc é sempre fonte de luz e inspiração.
Andréia Porto
19 de fevereiro de 2021 at 08:00Maju, obrigada por compartilhar sua história e conhecimento. Ainda não sou mãe, mas aprendi e aprendo muito com você. A forma de se posicionar diante a vida nos faz se “ PEDRA 90 “ .
Já estou ansiosa para-o próximo tema !
Cleidiane
19 de fevereiro de 2021 at 18:58Maravilhoso texto, Maju!
Sou mãe há 12 anos e até hoje recebo esses “tiros”. No início entrei em depressão, de tanta cobrança que recebi. Fizeram parecer que minha vida tinha acabado só porque me tornei mãe. Sou mãe solo e esses comentários vieram com o peso maior, mas por amor as minhas filhas eu me reergui e sou muito mais forte do que antes de tê-las. E hoje esses “tiros”, já não me atingem.
Seu propósito é lindo, se eu tivesse conhecido seu Instragram naquela época, tenho certeza que eu teria forças para lidar melhor.